Falar de superação é sempre
motivo de conquista, de alegria e de realização, e atuando na Educação Especial, todos os dias tenho motivos para me alegrar com as superações que os alunos
apresentam, de estarem ali inseridos, participando, atuando, mostrando que são
dotados de capacidades e que há espaço para todos na sociedade.
Ainda há muito
preconceito e enfrentamento e esses são desafios e comportamentos que a
sociedade deve, ou melhor dizendo, já deveria ter vencido.
Acreditar e oportunizar
é o primeiro passo.
Somos
sujeitos a adquirir uma deficiência, causado por um acidente ou fator genético
e diante disso vem a angustia, o sofrimento, a indignação e muitas vezes o
pensamento que é o fim. E isso não ocorre somente com quem esta vivenciando
essa situação, mas também pelos familiares, que questionam "como será agora" ?
Enfim, depois de passado o período de dor e sofrimento, surge uma nova forma de
ver e compreender o contexto, ver que diante a tantas limitações é possível
seguir, dar um novo rumo, ressignificar, recomeçar.
Conheço várias situações de pessoas que hoje estão no mercado de trabalho como profissionais vencendo a cada dia a limitação que a vida impôs, e hoje quero relatar um momento muito lindo que presenciei neste período das férias escolares.
Estava em Ouro Verde do Oste - PR na casa de meus pais e ao ir em uma missa tive a imensa surpresa e felicidade de conhecer o Frei Welington.
O Frei Welington Porfirio de
Barros, da Ordem dos Agostinianos Descalços Província do Brasil, sacerdote há
dois anos, perdeu sua visão pouco tempo antes de ser ordenado, e isso não foi motivo para fazê-lo mudar sua trajetória. Ordem dos Agostinianos Descalços - TOLEDO
Foi um imenso prazer participar da solenidade de uma missa presidida por ele, me senti alegremente tocada pela sua serenidade em conduzir este ministério normalmente, sem dificuldades ou limitações.
Não sei dizer qual a causa da perda de sua visão, mas posso afirmar que participar desse momento foi único, lindo, emocionante e dizer mais um vez que a superação está no apoio que oferecemos e nas oportunidades que a sociedade dispõe para tornar a vida de cada pessoa, independente da situação, com um significado diferente, melhor.
Com certeza a perda da visão não foi a maior limitação para ele, as limitações que surgirão em seu caminho foram na maioria das vezes humanas, foram advindas da crença de que ele não seria capaz.
Então fica a reflexão para todos nós: não coloquemos limitações, barreiras, muros para as pessoas com necessidades especiais e sim ajudemos nas superações, ajudemos na construção de pontes para o sucesso, sempre!
Lindo texto. Orgulho dessa tia que tanto faz pelos educandos especiais. Deus a abençoe e que seus gestos e atitudes contaminem a sociedade.
ResponderExcluirLindas palavras Vanessa! Você tem um lugar especial em minha vida. Um grande e carinhoso abraço.
ExcluirConheci o Frei Wellington no dia do seu ingresso no Seminário Santo Agostinho, na cidade de Bom Jardim RJ. Confesso que muitas vezes me emocionei ao perceber o seu esforço para alcançar a formação necessária à vida religiosa e ao sacerdócio, apesar de sua enfermidade visual progressiva. Parabéns, Frei Wellington, pelo seu testemunho e exemplo de superação.
ResponderExcluirNão o conheço Frei Wellington pessoalmente, já tinha ouvido falar sobre ele e em visita a cidade de Ouro Verde do Oeste na casa de meus pais e ao participar da missa para minha surpresa foi Frei Wellington quem presidia. Fiquei admirada e extremamente feliz por tão grande dádiva e exemplo de amor a Deus e a vida.
ExcluirParabéns pelo trabalho que vem desenvolvendo junto a estas crianças que tanto precisam. Vc também é especial ao fazer a diferença na vida deles. Conheço teu trabalho e admiro-te a cada dia.
ResponderExcluirObrigada Rodi! És uma pessoa que também faz a diferença para muitas pessoas, sempre contribuindo com quem precisa. Agradecida pelo seu carinho e apoio para comigo, foi uma incentivadora nos cursos de Braille.
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