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terça-feira, 4 de junho de 2019

A Deficiência Visual no Ambiente Escolar: Como Proceder?

      Todos os sentidos são extremamente essenciais para o pleno desenvolvimento do ser humano, porém a visão é o sentido que domina, que acaba superando os demais. As maiores informações recebidas pelo cérebro diariamente são captadas pela visão. Poder enxergar tudo o que nos rodeia é fascinante, maravilhoso, a visão nos proporciona memórias do que já vivemos e também nos dá a possibilidade de imaginar tudo aquilo que ainda não se viveu, diria até que funciona como uma bússola.
      Mas quando não há mais resquício visual? Quando há a perda da visão, o que fazer?
      Primeiramente é importante compreender e acreditar na capacidade e habilidades que o deficiente visual tem, e que é capaz de estudar, aprender, trabalhar e o mais importante: ADQUIRIR novas habilidades e aprendizagens. Aquela velha história que o cérebro aprimora outros sentidos na falta da visão é verdadeira, portanto os outros sentidos como: tato, paladar, olfato e audição devem ser estimulados, pois agora suprirão todas as necessidades do indivíduo. SAIBA MAIS!
      O DV pode e deve ter uma vida completa com sentimentos, sonhos e desejos. Um Novo Olhar
      No ambiente escolar, a alfabetização de crianças cegas requer uma metodologia bem diversificada com muitos procedimentos para que seja efetiva. Para tanto, é fundamental que o educador seja criativo, atencioso, perspicaz e paciente, pois é uma missão árdua.
       Quanto antes a criança for inserida no Atendimento Especializado, maiores serão os benefícios.
      As primeiras atividades na rotina escolar antes de aprender a escrita e a leitura Braille devem ser andar e se locomover com segurança, conhecer o espaço físico, onde se localizam os banheiros, bebedores, sala de AEE, coordenação, entre outros.
     Posteriormente, com diversas atividades propostas e planejadas, o objetivo principal torna-se levar a criança à compreender através do tato o universo que a rodeia; desenvolver a percepção e compreensão tátil, memória olfativa e auditiva, compreender  lateralidade:direita/esquerda/superior/inferior, perceber diferenças e semelhanças, adquirir noção de distância, entre outros. É um repertório vasto e eu diria, infinitos os meios pelos quais são possíveis o ensino e aprendizagem da criança com deficiência visual.
      E por fim, é muito importante dizer que: toda informação repassada, descrita ao deficiente visual é essencial, pois muitas vezes não nos colocamos no lugar deles e não nos atentamos de passar alguns detalhes por acharmos-os bobos ou insignificantes, porém estes que parecem ser meros detalhes podem fazer a diferença para a compreensão de um fato.

"Quando uma porta se fecha, outra se abre. Muitas vezes ficamos tanto tempo olhando para a porta fechada que não vemos a que se abriu."(Helen Keller)


Atividades com material em alto relevo para desenvolvimento do tato.






Aprendendo a localizar-se e locomover-se na Escola.
Aulas de Orientação e Mobilidade da aluna Isabelly.


Jogo de dominó com adaptações em Braille. Ensino da compreensão das regras do jogo, contagem e lateralidade.











8 comentários:

  1. Como é gratificante ver os avanços da Isabelly.

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    1. Sim! A cada dia vem se superando. Ela é uma menina com grande potencial. Estou confiante, logo Isa aprenderá as primeiras letras em Braille.

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  2. Muito lindo seu trabalho!

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    1. Obrigada! Sempre procurando superar os desafios da inclusão.

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  3. Parabéns pelo trabalho mãe! Vemos toda sua dedicação com seus alunos!

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    1. Obrigada minha filha! você sempre me apoiando e ajudando em todos os sentidos.

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  4. Parabéns!!!! Você realmente faz a diferença na vida dessas crianças!!!! E na nossa também!!!

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